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Ao querido, irmão em Cristo,
Fr. Carlos Mesters
Voa Voa
Voa
Ao Amor... Com o Amor... Para o Amor...
Servindo ao Senhor...
Que a cachoeira de graças do Senhor continue
sendo derramadas em sua vida, agora e sempre.
Bom e belo testemunho de vida, para todos nós à caminho...
Hoje, eu lhe envio como presente " Folhas ao Vento", por tanto que
cresço e sou alimentada pela Palavra, fruto de seu trabalho e da equipe do CEBI...
Com grande ternura,
Marinalva Bakuzis
Leitora de "Por de Trás da Palavra".
"Lembra-te que teu corpo és pó e voltarás ao pó...
Ah! mas, tu retornarás à casa do Deus:Pai-Mãe, Centelha Divina..."
Folhas ao Vento...
Poetisa do Amor
Andei por aí, a olhar o chão cheio de folhas
Folhas caídas das árvores de diversas cores
Esverdeadas...amareladas...marrons...
algumas limpas... outras manchadas...
outras secas... que bela diversidade
Contemplando-as... observo-as ao sabor do vento
As mais leves são levadas de um lugar para outro
Parei... silenciei-me... e alí fiquei contemplando-as
Deixei-me ser levada... Pensamentos entravam e saíam
Contemplando a bela natureza...
Observei que quanto mais leve
A folha se movia com mais rapidez
Ó mãe natureza quantas belas e boas lições nos proporciona
O outono está dando adeus, para dá lugar à primavera...
É o ciclo da vida...
Que não se repete, nenhuma vez mais, da mesma forma
Desfrutemos desta beleza renovável, mas jamais igual de cada estação
As folhas mais velhas dão lugar às mais novas que deslumbrantemente despontam
E, nós humanos seríamos diferentes?
Senhor, concede-me as graças necessárias
Para desapegar-me de coisas desnecessárias
Quero me tornar leve, para ser bem conduzida
Quero ser livre como o Ar, bem sei que,
Sem Ti nada posso fazer.
Ó Cristo sei que estás em mim, ressurjas e desperta-me!
Estás em mim... Como estou em Ti
Tornemos Um
Poetisa do Amor
20-21/09/11
(bakuzis@terra.com.br)
Leitora de "Por Trás da Palavra"
Estudante de Bíblia e Poetisa
Brasília- DF
Querido Carlos,
entre os felicitantes para o seu 80. aniversário eu não gostaria de faltar. Com gratidão penso nos muitos encontros com você e em tudo o que apreendí em favor do comum serviço para a palavra.
Pela primeira vez encontrei a você em 1978, não pessoalmente, mas logo duas vezes no mesmo ano.
No segundo plenário da Federação Católica da Biblia (então ainda “Federação Mundial ) o Sr. Cardeal König, o primeiro Presidente da Federação, fez o relatório principal (key note address). Uma fraze ficou comigo: A nossa tarefa não é de interpretar a Bíblia como um livro, mas de interpretá-la segundo a vida, e tudo isto na luz da Palavra que nos é alcançavel à maneira privilegiada deste livro. Mais tarde me disse o “ghost writer” deste discurso em voz baixa: È uma ideia de Carlos Mesters ! Pouco depois achei numa livraria em Roma o seu livro: “ Il popolo interpreta la Biblia”, a edição portuguesa “ Flor sem Defesa”, que ao meu ver, pertence e se tornou um clássico da Pastoral Bíblica.
Estes dois encontros me deram talvez as suas mais importantes visões e contribuições : Biblia e vida, vida e Biblia como a Bíblia,o livro de todo o povo de Deus, que você mostrou perfeitamente no exemplo com a porta.
Em 1978, ao final dos meus estudos no Instituto Bíblico de Roma, quiz meu orientador de doutoramento, que me tornasse membro do “ Studiorum Novi Testamenti Societas”: A condição para isso seria, ao menos cada ano, de publicar um artigo scientífico. No seu “ Il popolo interpreta la Bíblia” li: Cada ano seriam publicados 10.000 títulos bíblicos. Mas assim você perguntou, que proveito traz isso para o povo de Deus, que tem fome pela palavra de Deus? Por isso decidi de abandonar todas as ambições acadêmicas e de dedicar-me inteiramente à Pastoral Biblica, além das preleições no Seminário Maior e Instituto Catequético.
Durante o meu tempo de Secretário Geral da Federação Católica Bíblica ( 1984-2000) encontrei a você várias vezes. Cada encontro tinha, ao meu ver, um significado simbólico.. Certa vez em Quito, Ecuador, e depois na peregrinação para o túmulo de Leonidas Proano, bispo dos Pobres e dos Indios e notavel teólogo da Libertação. Era um encontro do grupo Projeto Bíblico “Palavra-Vida" elaborado pelas Ordens Latino-Americanas (CLAR) na ocasião do Quintocentenário da América Latina. Nesta ocasião você me afirmou, que a ideia do projecto não seria de você, mas do Pe. Edênio Valle SVD. Mas evidentemente era você a alma de todo o projecto em que podia entrar sua rica experiencia do Apostolado Biblico na base.
Mais tarde, num encontro em Mendes, perto de Rio de Janeiro, chegou aos membros Latino-Americanos da Federação a notícia de Roma, que o projecto CLAR seria “non acceptabile”. Você estava de joelhos no chão debruçado sôbre um mapa de toda a América-Latina e uma Bíblia envolvida com uma corda para preparar um Serviço da Palavra de Deus. Quando ouviu a notícia, você fez com calma um sinal da Cruz e continuou a trabalhar. - No mesmo encontro um bispo emérito brasileiro chamou a você “o Filipe da América-Latina”, aludindo à naração do Filipe e o homem Etíope.At 8,26-46.
Outra vez encontrei a você na Biblioteca Biblica em Jerusalem onde você passou um tempo do seu Ano Sabático. À minha pergunta: “Carlos, você aqui, em que você trabalha?” veio a resposta: “Estudo a Patrística! Nosso trabalho à base é ainda criticamente observada; por isso quero mostrar a grande semelhança na explicação da Biblia dos Antigos Padres da Igreja e da nossa gente na base.” Uma confirmação interessante do seu juizo recebi logo pelo Franciscano Cardeal Evaristo Arns de S. Paulo. Ele disse, quem conhecia a Patrística - pelo fato de seus estudos na Sorbonne e seu doutorado sôbre S. Hierónimo - podia facilmente constatar, quem deles estaria em contato com o povo e quem não.
Suas contribuições para dois plenários da Confederação Católica ficaram inesqueciveis para todos os participantes e podem ficar como exemplo da sua permanente contribuição para o trabalho em favor da Federação Católica da Biblia no mundo. Até então você era conhecido principalmente no mundo latino-americano; mas nos plenários de Bogotá (1990) e de Hongkong (1996) você tornou-se o seu porta –voz, ouvido e conhecido além da America Latina.
O Plenário em Bogotá foi feiro com o título: "A Bíblia na Nova Evangelisação". Você proferiu não só uma das principais conferências, mas colaborou decididamente no documento final. O texto, que orientou suas deliberções e do documento final era o episódio de Emaus (Luc. 24,13-35), que o plenário conheceu e explicou como modelo da Nova Evangelisação. Uma importante palavra-chave deste plenário e documento final é sem dúvida “ a Leitura da Biblia no Contexto”.
Também no plenário de Hong Kong, a devisa “Palavra de Deus-Fonte de Vida", tinha a sua principal colaboração. O texto era João 4.1-42, o encontro de Jesus com a Samaritana à fonte de Jacó, orientou-se no contexto asiático na assembleia. Em cada dia destes dez dias do encontro ocupavam-se 170 delegados de 70 diferentes países debaixo da sua orientação. Para muitos de nós no serviço da Palavra era Carlos Mestres uma verdadeira dádiva e somo-lhe muito gratos pelo seu 80. anivers
Ludger Feldkämper SVD, Alemanha (feldkaemper@steyler.de)
Possibilidade de transpor barreiras e paradigmas da reflexão
Wescley Rony - IPI
Fazia tempo que não lia nada sobre teologia, não tinha mais interesse no assunto, pois os dados disponíveis eram irrelevantes para minha vida e realidade. Em um momento de pesquisa, tomei curiosidade pelo Curso de Bíblia por Correspondência do CEBI. Hoje faço o curso, redescobri novas leituras da bíblia, e o mais importante, hoje conheço o trabalho e as reflexões de Carlos Mesters.
Confesso que nunca tive um encontro com Deus da forma que tive refletindo no método de leitura proposto por Frei Carlos. Hoje minha maneira de ver e viver o exercício da teologia e de sua reflexão, minha maneira de olhar a vida, Deus, tudo, mudou radicalmente.
Posso dizer que hoje a teologia voltou a ser relevante para minha vida e para meu exercício da promoção da cidadania. Hoje tenho a possibilidade de transpor barreiras e paradigmas da reflexão atual. Sem medo, posso dizer que Deus colocou Frei. Carlos Mesters nesse mundo, nessa existência para possibilitar um reavivamento na caminhada do povo de Deus, na minha principalmente...
Estou aprendendo e caminhando novamente, reavivado e animado com minhas novas reflexões, Abraços, meu amigo. Felicidades Mestre. Sim, o considero mestre e tutor, apesar de não conhecê-lo pessoalmente... Tudo de bom, meu amigo.
Wescley Rony
Presbiteriano, membro da IPI-Vitória, Fortaleza/CE
w.ronys@hotmail.com
www.pastoralurbana.org
Te conhecer de ouvir não basta
(Neto, Mossoré/RN)
Carlos,
Te conhecer de ouvir não basta.
É preciso ter a alegria de estar perto de ti.
Tua presença fortalece os fracos na caminhada.
Ternura simplicidade e carisma de humildade foram dons que Deus te concedeu.
Em 500 anos essa terra recebeu muitos joios, mas também acolheu uma semente de mostarda que não para de crescer.
80 Anos: Algo vibrante quando se percebe que a maioria desse tempo
foi doação e dedicação ao anuncio da Palavra!
Que Deus te conceda saúde longevidade e muita sapiência!
Ainda precisamos muito de ti, muito temos que aprender e partilhar.
Com você aprendi a viver a Palavra e amar os pobres de espírito.
Votos de felicidade de mim e de toda a minha família.
Neto (do Cebi-Mossoró)
Dona Dedéa e seu Sebastião - meus pais
Maria do Carmo - minha esposa
Artur e Ayrton - meus filhos
MENSAGEM AO FREI CARLOS MESTERS
Caríssimo Frei Carlos,
É motivo de profunda alegria para mim, poder participar da celebração dos 80 anos de vida com que o Senhor da VIDA quis presenteá-lo. Daqui da cidade de Santana dos Brejos, Estado da Bahia, Diocese de Bom Jesus da Lapa, posso experimentar a companhia fraterna de todos os seus amigos e irmãos do CEBI na feliz comemoração.
Sempre sonhei encontrar com o senhor, pois já o conhecia pela fala dos amigos e amigas e pelos livros excelentes que tenho lido. Porém, minha maior alegria foi ter participado de um encontro do CEBI em Recife, há alguns anos, onde tivemos o senhor como assessor. Minha maior recordação daquele encontro é o fato de ter aprendido a pisar no chão do pobre.
Até hoje bebo neste poço de águas cristalinas que me permitem ver o rosto de Deus nos pequenos e sofredores.
Quero dizer-lhe que celebrar seus 80 anos é reconhecer a grande dádiva de Deus nosso Criador e Libertador, o Pai de Jesus e nosso Pai. Não tenho facilidade em fazer poesias, mas ofereço-lhe meu afeto que se expressa na mensagem que segue:
Fiel seguidor do Cristo Pobre
Reservaste toda a vida para o Pai
Encantado com o Projeto Libertador
Intensamente te entregaste ao Senhor.
Confiante no Deus de Jesus Cristo que anuncias,
Animado pela fé, segues evangelizando,
Roças e cidades, campos e grandes centros,
Levando a mensagem libertadora de Javé,
Ostentas a bandeira da luta e da vitória,
Sustentado pela mão amorosa do Senhor.
Maria é a Mãe que te conduz e orienta.
Enchendo-te de ardor, coragem e fé.
Sob a sombra de seu manto que aquece,
Trabalhas com alegria, sem descanso,
Evangelizando e mostrando o Caminho.
Retirante peregrino do Evangelho,
Sofres as dores do parto de um porvir.
Orante como o Cristo do Horto,
Contemplativo como o Elias do Horeb.
Irmã Maria do Carmo Vicente (Carminha)
Flor sem defesa…
- Paulo Bateira (Porto/Portugal) paulobateira@gmail.com
Sou médico, tenho 58 anos e pai (viúvo) de três filhos. Nesta minha vida, tive a sorte de conhecer, aos 23 anos, um livrinho “Paraíso terrestre: saudade ou esperança?” [Carlos Mesters, Ed. Vozes, 5ª ed.] que me surpreendeu muito. É certo já que militava, há anos, na Acção Católica, aqui em Portugal. Mas, este livrinho, conjuntamente com a paixão entusiasmante dum amigo (António Matos Ferreira - Lisboa,) e o jeito muito especial de congregar dum padre que vivia com gente pobre (e ainda vive; pe. Leonel Oliveira - Porto) me ajudaram a perceber, de modo vivo, como peixe acabado de pescar, palpitante, para que serve a Bíblia: iluminar e interrogar o sentido do nosso caminhar, HOJE! Quantas vezes já reli a Introdução a «Deus, onde estás?»? ‘Bíblia: janela e espelho’ – e por esta ordem.
Hoje (como antes), começo sempre pela Vida (próxima e distante), procuro o Espírito que nela há. Depois, alargo o horizonte (sociologia, economia política, etc.) – enquadro e aprofundo o que está a acontecer: opinião mais fundamentada e não populista, que ajude verdadeiramente o povo. De seguida, tento os paralelos dentro da grande aventura da Bíblia: esquadrinho os textos até que o Espírito salte fora, como peixe quando pica na cana. É então que tudo começa a fazer sentido!
Para mim, a Bíblia do jeito de frei Carlos Mesters, vem em segundo ou terceiro lugar. Mas, surpreendentemente, vem para ficar: como sal e segredo, como seiva, húmus e raiz, como refrão de canção para o banho da manhã. Só frei Carlos me ensinou que a vida pode ser abundância, mas abundância enterrada (na vida) que exige enxada e braço forte, mas também faro de melro em busca de minhoca, paciência de vedor, um fio de luz entrando na pior choça. Só lamento que, aos poucos, as livrarias portuguesas tenham virado as costas às edições brasileiras: é triste ver a torneira fechar ou secar. Como desejaria, eu, poder ter um exemplar de “Flor sem Defesa”… Aqui, já ninguém vende livros de aí. E a falta de chocolate e café que isso nos faz…
PARABÉNS, frei Carlos, perfumada e doce esteva dos nossos montes, o meu primeiro pedagogo. PARABÉNS!
Este jeito amoroso e simples de ler a Bíblia...
Rosa Mayer, Psicóloga - Viamão/RS rmmayer1@gmail.com
Fiquei imensamente feliz em poder registrar minha gratidão a este sábio que com a sua simplicidade me ensinou a enteder a Bíblia.
Sou filha de uma família católica e a Bíblia sempre esteve em minhas mãos e em minhas memórias mais antigas, mas foi quando eu tinha uns 13 ou 14 anos que alguém, que não lembro mais, mas igualmente agradeço, me sugeriu o livro "Paraíso terrestre - Saudade ou Esperança". Foi minha introdução ao universo da Bíblia como uma história contada e encantada e não mais como uma lei rígida como eu via.
Minha espiritualidade e minha caminhada são resultado deste jeito amoroso e simples de ler a Bíblia que aprendi com este grande Mestre-Mesters.
Grata
A interpretação da Bíblia não depende só da inteligencia e do estudo
Wesley Oliveira, Ribeirão Preto/SP (wesley_sem@hotmail.com)
Sou estudante de Teologia na Arquidiocese Católica de Ribeirão-Preto - SP. Gostaria de expressar por meio de simples palavras os meus ternos sentimentos ao biblista Carlos Mesters, que no dia 20 de outubro comemora seus 80 anos (coincidentemente a mesma data de meu aniversário).
Sou admirador assíduo das obras de Mesters. Sua extaordinária capacidade de intrpretar a Biblia e de transmitir a mensagm biblica é fabulosa. Dentre as obras já lidas destaco "Paraíso Terrestre: saudade ou esperança?" e "Flor sem Defesa". Ambas, em meio a tantas por ele publicadas, são as minhas preferidas.
Um ensinamento prático exposto por Mesters no primeiro capitulo da obra "Flor sem defesa" e que retirei para a minha vida é juStamente que "A interpretação da Bíblia não depende só da inteligencia e do estudo, mas também do coração e da ação do Espírito Santo." (Flor sem Defesa. p. 28.) Com isso pude enteder que a beleza do anúncio não está em elaborar belos discurss teológicos "acadêmicos" pautados puramente em conceitos, mas de termos a cereza de que um bom discurso teológio é aquele que, sem perder sua beleza, atinge a todos que estão na assembléia. Porém, para que isso de fato aconteça, é preciso dinamizar, isto é, deixar de lado um certo comodismo que se faz presente e nosso meio, e acima de tudo nos formarmos cada vez mais, para respondermos com vigor aos novos questionamentos do povo santo de Deus.
Meus sinceros abraços ao professor Airton José da Silva, que com muito carinho fez-me conhecer Carlos Meters mediante suas obras e ao próprio frei, que, com seu jeito simples e cativamente, contribui a cada dia para a construção de tantas mentalidades em prol do povo simples e sofrido do Senhor.
O primeiro livro da revelação divina: a Vida
Marcelo Barros
Foi uma das primeiras intuições de Carlos Mesters. Em seu Tratado sobre a Trindade, Santo Agostinho escreveu que, antes de inspirar a Bíblia, Deus tinha escrito um primeiro livro para se revelar a nós: a própria vida e a história da humanidade. Desde cedo, Carlos percebeu que a Bíblia é mais corretamente compreendida quando quem deseja aprendê-la procura antes compreender o próprio mistério da vida. Quem tem o privilégio de conviver com Carlos Mesters sabe como ele é aberto e sensível às relações de amizade, à sensibilidade com a justiça e à beleza da arte. Tudo ele capta e transforma em parábolas e histórias que nos ajudam a compreender a vida. Desde jovem, inseriu-se na convivência com as pessoas pobres. Isso lhe dá a capacidade de explicar os mistérios mais sublimes da revelação, com imagens simples do dia a dia. A beleza da chuva encharcando um terreno lhe possibilita explicar como a palavra bíblica vem do céu e, ao mesmo tempo, surge do chão da vida. A arte da fotografia e a ciência da radiografia o ajudaram a distinguir e comparar os evangelhos sinóticos com o texto joanino. Se Carlos Mesters resolvesse escrever todas as parábolas da vida que ele criou e contou, no decorrer destes anos, desde que começou em Belo Horizonte (no começo dos anos 70) os Círculos Bíblicos, como diz o evangelho: "nem todos os livros do mundo poderiam conter".
Sua relação com Deus que, muito discretamente, ele partilha conosco, me recorda sempre uma música que Maria Bethânia cantava em seu primeiro show (Rosa dos Ventos, 1970). A música inglesa do século XIX tem uma letra inspirada no poeta Fernando Pessoa que Carlos conhece e do qual gosta muito. A canção "Doce Mistério da Vida" fala do amor romântico, mas nos parece muito com o Cântico dos Cânticos. Assim como o poema bíblico, estes versos podem ter muitos sentidos, inclusive o de fazer da paixão humana sacramento da relação íntima com o Espírito. Por vários motivos, esta música na linha da balada romântica me lembra o amigo Carlos e seu jeito de viver a fé. A letra diz assim:
"Minha vida que parece muito calma
Tem segredos que eu não posso revelar,
Escondidas bem no fundo de minh´alma,
Não transparecem, nem sequer em um olhar.
Vive sempre conversando a sós comigo,
Uma voz que eu escuto com fervor,
Escolheu meu coração pra seu abrigo
E dele fez um roseiral em flor.
A ninguém revelarei o meu segredo,
E nem direi quem é o meu amor".
(leia o artigo completo de Marcelo Barros em http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=8¬iciaId=2228)
Marcelo Barros
Foi uma das primeiras intuições de Carlos Mesters. Em seu Tratado sobre a Trindade, Santo Agostinho escreveu que, antes de inspirar a Bíblia, Deus tinha escrito um primeiro livro para se revelar a nós: a própria vida e a história da humanidade. Desde cedo, Carlos percebeu que a Bíblia é mais corretamente compreendida quando quem deseja aprendê-la procura antes compreender o próprio mistério da vida. Quem tem o privilégio de conviver com Carlos Mesters sabe como ele é aberto e sensível às relações de amizade, à sensibilidade com a justiça e à beleza da arte. Tudo ele capta e transforma em parábolas e histórias que nos ajudam a compreender a vida. Desde jovem, inseriu-se na convivência com as pessoas pobres. Isso lhe dá a capacidade de explicar os mistérios mais sublimes da revelação, com imagens simples do dia a dia. A beleza da chuva encharcando um terreno lhe possibilita explicar como a palavra bíblica vem do céu e, ao mesmo tempo, surge do chão da vida. A arte da fotografia e a ciência da radiografia o ajudaram a distinguir e comparar os evangelhos sinóticos com o texto joanino. Se Carlos Mesters resolvesse escrever todas as parábolas da vida que ele criou e contou, no decorrer destes anos, desde que começou em Belo Horizonte (no começo dos anos 70) os Círculos Bíblicos, como diz o evangelho: "nem todos os livros do mundo poderiam conter".
Sua relação com Deus que, muito discretamente, ele partilha conosco, me recorda sempre uma música que Maria Bethânia cantava em seu primeiro show (Rosa dos Ventos, 1970). A música inglesa do século XIX tem uma letra inspirada no poeta Fernando Pessoa que Carlos conhece e do qual gosta muito. A canção "Doce Mistério da Vida" fala do amor romântico, mas nos parece muito com o Cântico dos Cânticos. Assim como o poema bíblico, estes versos podem ter muitos sentidos, inclusive o de fazer da paixão humana sacramento da relação íntima com o Espírito. Por vários motivos, esta música na linha da balada romântica me lembra o amigo Carlos e seu jeito de viver a fé. A letra diz assim:
"Minha vida que parece muito calma
Tem segredos que eu não posso revelar,
Escondidas bem no fundo de minh´alma,
Não transparecem, nem sequer em um olhar.
Vive sempre conversando a sós comigo,
Uma voz que eu escuto com fervor,
Escolheu meu coração pra seu abrigo
E dele fez um roseiral em flor.
A ninguém revelarei o meu segredo,
E nem direi quem é o meu amor".
(leia o artigo completo de Marcelo Barros em http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=8¬iciaId=2228)
No terceiro ano da segunda metade do século passado, brotei no seio de uma família de camponeses reacionários. Muito católicos eles todos eram mas membros de uma igreja onde a função do meu avô era “cuidar” da organização anual, bianual da visita do bispo. Banquetes e mais banquetes e a criançada não podia nem chegar perto.
Da Bíblia que a gente lia na biblioteca da escola ficava uma grande dúvida. Porque o padre, a Igreja, não fazem o que Jesus fazia....?? Perguntas de criança levada. A gente ouvia.
Sofri muito com a cultura familiar. (fui a ovelha negra da família, por pensar diferente). Aquela família que fazia festa para o bispo, estuprava as crianças. O patriarca se achava dono de todas as mulheres, inclusive dono de suas noras. Mas, ele estava sempre muito bem com o bispo, com o pároco etc. Seria cômico (Asterix/Obelix) se não fosse trágico.
A misericórdia Divina cuide de nós. Como tudo na vida É GRAÇA E SENTIDO, TAL COMO UMA “BRISA LEVE”, as indagações continuaram, cresci, estudei, mudei de cidade e conheci o CEBI em 1989/90. E foi um presente do céu. Ler a Bíblia e TER LIBERDADE de voltar a fazer as perguntas que fazia na infância? Só pode ser resposta do ESPIRITO SANTO DE DEUS...
Num dos módulos dos cursos de aperfeiçoamento/capacitação de assessorias, eis que o facilitador é CARLOS MESTERS... Até hoje, e isso já faz quase vinte anos, o som de sua voz mansa e confiante está na minha memória. Mesters me ajudou a ter certeza de que existe uma conexão direta com o SAGRADO, a mesma conexão que Teillard Chardin escreveu. Temos ligação direta com o CRIADOR pois É ATRAVÉS DE NOSSAS MÃOS QUE ELE CONTINUA A OBRA DA CRIAÇÃO. Esta contribuição de Mesters tem “sustentado” a minha sanidade mental, diante dos apelos do mercado do sucesso profissional a qualquer custo.
Como profissional na área de gestão de projetos, minha família acha que “sou louca”, porque tão competente, não fiquei rica. Rsrsrsrs. Acho que tenho medo que o bispo queira vir banquetear na minha casa.. Rsrsrsrs.
Abraços fraternos
Rosa Maria Morceli - rmorceli@uol.com.br
Você trouxe a Bíblia ao chão
Frei Ildo Perondi - Londrina/PR - ildo.perondi@pucpr.br
Frei Carlos: paz e bem!Parabéns pelos 80 anos! Agradeço a Deus pelo dom que você foi e é para o povo de Deus. Aprendi muito com você, sobretudo a tornar a Bíblia mais fácil, trazê-la ao chão da vida do povo - lugar onde ela foi gerada e deu frutos! Você foi bênção; semeou bênçãos, soube colocar os talentos recebidos a serviço da Palavra e do povo! Shalom!
Frei Carlos: paz e bem!Parabéns pelos 80 anos! Agradeço a Deus pelo dom que você foi e é para o povo de Deus. Aprendi muito com você, sobretudo a tornar a Bíblia mais fácil, trazê-la ao chão da vida do povo - lugar onde ela foi gerada e deu frutos! Você foi bênção; semeou bênçãos, soube colocar os talentos recebidos a serviço da Palavra e do povo! Shalom!
Sua coerência evangélica me questionou muito
Participei do primeiro encontro bíblico do CEBI em Angra em 1978.
Até hoje ele é referência da minha vida. Aprendí com a sua pessoa, Frei Carlos, que o mais importante é servir a Deus e o próximo sem reservas. Claro estou muito longe do seu exemplo.
"Não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em Mim." já se podia ver e manifestar na sua pessoa naqueles anos. Sua coerência evangélica me questionou muito naquela época. E sentí cada vez mais a necessidade imperiosa de ser fiel e procurar a presença da ação amorosa de Deus nos eventos diários.
Hoje posso dizer com uma gratidão infinita ao CEBI que Deus tocou meu coração e me cativou definitivamente para sua causa.
Que Deus seja louvado e glorificado pela presença humilde e generosa do nosso irmão Carlos.
Pela simplicidade e profundidade, seus textos se tornaram luz
Jorge Arlan de Oliveira Pereira, Professor de Jornalismo. Santa Maria/RS - j5arlan@unochapeco.edu.br
Recordo de minha participação no grupo de jovens JUFRA (Juventude Franciscana), em Santa Maria-RS, no início dos anos 1980. Nosso grupo, inicialmente somente de oração e de confratrernização, ampliou sua compreensão de religiosidade e se voltou também à ação. Tendo por referência a Teologia da Libertação, que novos freis nos trouxeram, fomos a comunidades pobres de Santa Maria para fazer leituras do evangelho a partir da realidade. Ali, o Cristianismo fez muito mais sentido. Nessa época, me deparei com os textos do Frei Carlos Mesters que, pela simplicidade e profundidade, se tornaram para mim uma luz.
Que, aos 80 anos, o Frei Mesters continue iluminado, para continuar sendo o verdadeiro mestre, a orientação, especialmente da juventude.
Louvor a Deus pelo dom da vida e por este Servidor do Povo e de Deus
Recordo de minha participação no grupo de jovens JUFRA (Juventude Franciscana), em Santa Maria-RS, no início dos anos 1980. Nosso grupo, inicialmente somente de oração e de confratrernização, ampliou sua compreensão de religiosidade e se voltou também à ação. Tendo por referência a Teologia da Libertação, que novos freis nos trouxeram, fomos a comunidades pobres de Santa Maria para fazer leituras do evangelho a partir da realidade. Ali, o Cristianismo fez muito mais sentido. Nessa época, me deparei com os textos do Frei Carlos Mesters que, pela simplicidade e profundidade, se tornaram para mim uma luz.
Que, aos 80 anos, o Frei Mesters continue iluminado, para continuar sendo o verdadeiro mestre, a orientação, especialmente da juventude.
Louvor a Deus pelo dom da vida e por este Servidor do Povo e de Deus
Sebastião Santana, Pernambuco
Desde a infância que tenho trilhado nos caminhos da leitura da Bíblia. Nesse caminho, me foi seta segura e mestre Frei Carlos. Com o passar do tempo, cativado cada vez mais pela Bíblia e pela Leitura Popular, já adulto, conheci o CEBI e me tornei ouvinte-aprendiz. Fiz parte dos "Caminhantes do Agreste" (CEBI Extensivo)
Na minha trajetória com a Bíblia, este irmão de fé e caminhada estava lá, uma presença ausente mas eficaz. Louvo e agradeço a Deus pela vida de Frei Carlos e pelo dom que ele é, junto com tantos outras pessoas dons de Deus para a Igreja e para o Brasil. Obrigado, ó Deus da Vida. Obrigado, Frei Carlos Mesters.
Sebastião Catequista, ouvinte, amante e testemunhante das Misericórdias de Deus na vida do povo.
A simplicidade é uma grande virtude
Mariângela Mendonça, Belo Horizonte - MG
Quando esteve em minha paróquia, Cristo Luz dos Povos, há três anos, foi presença marcante. A simplicidade é uma grande virtude, seja em quem for. Desde que pense humilde e saiba contemplar as pequeninas coisas e saborear as maravilhas que Nosso Pai nos presenteou aqui.
Aprendi com as leituras bíblicas que devemos ter a chave da porta da bíblia e entrar andar em todos os aposentos, sentir o que nossos irmãos sentiram, ter uma visão da época passada e confrontar com o hoje. A palavra de Deus é Libertadora. Antes de fazer essa experiência, não via sentido em fazer circulo bíblico, mas agora vejo a importância da comunidade na nossa vida.
Carlos Mesters representa o povo. Ele é a mistura das diversidades.
Eu achava que sabia tudo de Bíblia
Jorge Arlan de Oliveira Pereira, Professor de Jornalismo. Santa Maria/RS - j5arlan@unochapeco.edu.br
Fico feliz em ter esta oportunidade de dar meu testemunho pelos oitenta anos de Frei Carlos. Ainda muito jovem presbítero parlticipei na Diocese Católica de Porto Nacional (então, Estado de Goiás) de um encontro estudo biblico com Frei Carlos ai por volta de 1971 a 1972.
Como um bom fariseu educado na escola tridentina achava que sabia tudo de Bíblia. Bastou porem o jovem e despretensioso Frei Carlos traçar no quadro negro umas duas linhas para eu ver desmoronar toda minha pretensa ciência. biblica. Vi logo que era apenas um analfabeto em leitura bíblica na perspectiva de construção do Reino de Deus!
De lá para cá mesmo desligado do ministério presbiteral continuei com humildade perscrutando as Sagradas escrituras e cheio e amor e paixão pela Pedagogia do Salvador. Hoje, com os meus setenta e cinco anos continuo mantendo um grupinho que persegue o amor dos caminhos do Senhor Javé em nossa vida! Vejo na figura de Frei Carlos aquele anjo que o Senhor mandou para libertar-me e converter o meu medo em amor e paixão pelo Deus Vivo que continua falando e nos conduzindo em nossa caminhada.